O insaciável contentamento que só tua presença me traz
Incomensurável a vontade de não te querer mais, longe de mim
Inexorável é o medo mórbido e angustiante que isso tudo um dia chegue ao fim
Efêmero é o rancor de nosso desentendimento
Perpétua é a alegria advinda do teu acalento
E se de antíteses eu rimo à minha vontade
Que palavra contrastarei com a saudade?
A saudade que sinto do teu beijo
A saudade que sinto da tua boca
A saudade que sinto do teu cheiro
A saudade que sinto da tua roupa
A saudade que sinto do cheiro da tua roupa
A saudade que sinto dos teus braços
A saudade que sinto da tua mão
A saudade que sinto dos teus amassos
E do palpitar do teu coração
Agora reflito numa conclusão
Por perceber que pra saudade não existe oposto
E que certas coisas não tem explicação
E nesse furacão de contradição
Chego à calmaria da compreensão
Que a única coisa que eu tenho certeza
É de que a síntese desta retórica e obtusa poesia descabida
É que Carla, meu amor, és a mulher da minha vida!
Marcos Sorvane
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