segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Poesia - A mulher da minha vida (Antíteses)

É inexplicável o afã que sinto em busca da tua paz

O insaciável contentamento que só tua presença me traz

Incomensurável a vontade de não te querer mais, longe de mim

Inexorável é o medo mórbido e angustiante que isso tudo um dia chegue ao fim

Efêmero é o rancor de nosso desentendimento

Perpétua é a alegria advinda do teu acalento

E se de antíteses eu rimo à minha vontade

Que palavra contrastarei com a saudade?

A saudade que sinto do teu beijo

A saudade que sinto da tua boca

A saudade que sinto do teu cheiro

A saudade que sinto da tua roupa

A saudade que sinto do cheiro da tua roupa

A saudade que sinto dos teus braços

A saudade que sinto da tua mão

A saudade que sinto dos teus amassos

E do palpitar do teu coração

Agora reflito numa conclusão

Por perceber que pra saudade não existe oposto

E que certas coisas não tem explicação

E nesse furacão de contradição

Chego à calmaria da compreensão

Que a única coisa que eu tenho certeza

É de que a síntese desta retórica e obtusa poesia descabida

É que Carla, meu amor, és a mulher da minha vida!
 
 
 
 

A mulher da minha vida
Marcos Sorvane

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